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Integrais duplas em coordenadas polares

Se você tem uma função de duas variáveis descrita usando coordenadas polares, como calcula sua integral dupla?

O que estamos construindo

  • Quando você estiver executando uma integral dupla,
    RfdA
    se você desejar expressar a função f e os limites para a região R em coordenadas polares (r,θ), o caminho para expandir a pequena área dA é
    dA=rdθdr
    (Preste atenção ao fato de que a variável r é parte dessa expressão)
  • Além dessa regra única, essas integrais duplas são principalmente sobre ter cuidado para assegurar que os limites da sua integral expressem adequadamente a região R.
  • Integrar usando coordenadas polares é conveniente sempre que sua função ou sua região apresentar algum tipo de simetria rotacional. Por exemplo, coordenadas polares são bastante adequadas para integração em um disco, ou para funções que incluem a expressão x2+y2.

Exemplo 1: pequenas áreas em coordenadas polares

Suponha que temos uma função multivariável definida usando as coordenadas polares r e θ,
f(r,θ)=r2
E digamos que você queira encontrar a integral dupla dessa função na região em que
r2
Esse é um disco de raio 2 centrado na origem.
Escrito de forma abstrata, é assim que essa integral dupla pode parecer:
r2r2dA
Você pode interpretar isso como o volume abaixo de um paraboloide (o análogo tridimensional de uma parábola), como mostrado abaixo:
A questão é: o que fazemos com esse termo dA?
Atenção!: você pode ficar tentado a substituir dA por dθdr, uma vez que em coordenadas cartesianas nós o substituímos por dxdy. Mas isso não está correto!
Lembre-se do que uma integral dupla faz: ela divide a região sobre a qual estamos integrando em pequenos pedaços, e dA representa a área de cada um desses pedaços. Por exemplo, dividir nosso disco de raio 2 pode parecer com isso:
Por que eu escolhi dividi-lo nesse padrão de teia de aranha, em vez de usar linhas verticais e horizontais? Uma vez que estamos em coordenadas polares, será mais fácil pensar nos pequenos pedaços se suas bordas representarem um valor constante de r ou um valor constante de θ.
Vamos focar em apenas um desses pequenos pedaços:
Apesar de esse pequeno pedaço ter uma forma curva, se fizermos cortes cada vez mais finos, podemos tratá-lo basicamente como um retângulo. Podemos pensar no comprimento de um dos lados desse "retângulo" como dr, uma pequena variação na coordenada r.
Usar um diferencial dr para descrever esse comprimento enfatiza o fato de que não estamos exatamente considerando um pedaço específico, mas estamos interessados no que acontece à medida que seu tamanho se aproxima de 0.
Mas qual é o comprimento do outro lado?
Não é dθ, uma pequena variação no ângulo, porque radianos não são uma unidade de comprimento. Para transformar radianos em um comprimento de arco, temos que multiplicar por r.
Portanto, se tratarmos esse pequeno pedaço como um retângulo, e como quando dr e dθ se aproximam de 0 ele basicamente é um retângulo, sua área é
dA=(rdθ)(dr)
Substituindo isso na nossa integral original, temos
r2r2dA=r2r2(rdθ)(dr)=r2r3dθdr
Colocar limites nessa região é relativamente simples neste exemplo, porque círculos são naturalmente adequados a coordenadas polares. Como colocamos dθ na frente de dr, a integral interna é escrita em relação a θ. Os limites desta integral interna vão refletir todos os valores de θ conforme ela varre o círculo, indo de 0 a 2π. A integral externa é em relação a r, que varia de 0 a 2.
Verificação de conceito: calcule essa integral dupla
0202πr3dθdr=

Exemplo 2: integração sobre uma flor

Defina uma função de duas variáveis f em coordenadas polares como
f(r,θ)=rsen(θ)
Seja R uma região em forma de flor, definida por
rcos(2θ)
Resolva a integral dupla
RfdA
Etapa 1: qual das seguintes opções representa a forma correta de substituir fdA na integral dupla escrita de forma abstrata?
Escolha 1 resposta:

Etapa 2: agora temos que expressar o fato de que R é definida como a região em que rcos(2θ). Qual das seguintes opções é a forma correta de colocar limites na integral dupla?
Escolha 1 resposta:

Etapa 3: resolva essa integral.
02π0cos(2θ)r2sen(θ)drdθ=

Exemplo 3: a curva de sino

Você está pronto para um dos meus resultados favoritos em matemática? Isso é realmente muito inteligente.
Pergunta: qual é a integral ex2dx ?
Essa integral simples é quase impossível de calcular diretamente. Apenas tente encontrar a primitiva!
Essa integral está perguntando a área sob a curva de sino, o que acaba sendo super importante para a probabilidade e estatística!
"O que isso tem a ver com integrais duplas em coordenadas polares?"
Eu te ouço, meu amigo curioso, parece não haver relação, não é? Bem, é aqui que alguém foi super inteligente.
Surpreendentemente, é mais fácil resolver o análogo multidimensional deste problema. Ou seja, calcular o volume sob uma curva de sino tridimensional sobre todo o plano xy.
plano xye(x2+y2)dA
Se mantivermos tudo em coordenadas cartesianas, isso é tão difícil de se resolver quanto a integral simples original
e(x2+y2)dxdy
Entretanto, algo mágico acontece quando convertemos isso para coordenadas polares.
Verificação de conceito: expresse essa integral dupla usando coordenadas polares.
Escolha 1 resposta:

Como a integral interior é em relação a θ, podemos fatorar tudo que tem um r, que nesse é caso é a função inteira:
002πer2rdθdr=0er2r02πdθIsso resulta em 2πdr=0(er2r)(2π)dr=2π0er2rdr
Verificação de Conceito: encontre a primitiva de er2r, usando substituição u ou a regra da cadeia inversa.
er2rdr=

Note que a razão pela qual você agora pode encontrar uma primitiva é aquele pequeno termo r que apareceu devido ao fato de que dA=rdθdr.
Verificação de conceito: usando essa primitiva, termine de resolver a integral que calcula o volume sob a curva de um sino tridimensional.
2π0er2rdr=

Não é uma bela resposta? E fica ainda melhor, você pode usar esse resultado multidimensional para resolver a integral simples original. Você consegue ver como?

Resumo

  • A única coisa que realmente temos que lembrar sobre integrais duplas em coordenadas polares é que
    dA=rdrdθ
    Além disso, a parte complicada é trabalhar com limites e o aborrecimento de realmente resolver as integrais que você obtém. Entretanto, essas são as mesmas dificuldades que são encontradas em integrais duplas em coordenadas cartesianas.
  • A razão pela qual vale a pena aprender isso é que às vezes integrais duplas se tornam mais simples quando você as expressa em coordenadas polares, como foi o caso do exemplo da curva de sino.

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