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Catástrofes ambientais I

Nesta videoaula abordamos as mudanças provocadas nos ecossistemas por enchentes, incêndios, alterações climáticas, entre outras ações naturais ou antrópicas.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga. Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma aula de ciências da natureza. E, nessa aula, nós vamos conversar sobre os desastres ou catástrofes ambientais, que são mudanças provocadas nos ecossistemas por enchentes, incêndios, alterações climáticas, dentre outras ações naturais ou antrópicas. Não podemos esquecer que as ações naturais ocorrem sem a intervenção humana. Já as ações antrópicas são as alterações realizadas pelo homem no planeta Terra. Nós vamos dividir essa aula aqui em duas partes. Nesta primeira, nós vamos fazer um pequeno histórico dos principais desastres ambientais que ocorreram no Brasil e no mundo. Já na segunda parte, nós vamos abordar um pouco melhor sobre dois acidentes ambientais que ocorreram no Brasil, um devido a fatores naturais e outro devido a fatores antrópicos. Quando falamos de catástrofes ambientais a nível mundial, podemos citar algumas importantes catástrofes que ocorreram a partir da segunda metade do século XX. Para nos ajudar a construir uma linha de tempo com esses desastres, vamos fazer uma pequena tabela, colocando o desastre, o ano em que ocorreu e se ele foi provocado por uma ação natural ou por uma ação antrópica. Beleza? Vamos lá, então? Podemos começar falando sobre as bombas de Hiroshima e Nagasaki, no ano de 1945, que foram lançadas pelos Estados Unidos contra o Japão no fim da segunda guerra mundial. Essas duas bombas nucleares mataram aproximadamente mais de 200 mil japoneses. Só para você ter uma ideia, em um raio de um quilômetro do centro da explosão, quase todos os animais e plantas morreram devido às ondas de choque e calor. Nós também podemos falar aqui da doença de Minamata que ocorreu em uma ilha localizada no sudoeste do Japão entre os anos de 1954 e 1956. Inicialmente, os animais começaram a apresentar comportamentos estranhos. Dois anos depois, humanos passaram a ter as mesmas reações, que eram convulsões e perda ou descontrole das funções motoras. Após alguns de estudos, foi verificado que a doença estava relacionada ao envenenamento das águas com mercúrio e outros metais pesados, infectando, com isso, peixes e mariscos. Em 1972, houve o terremoto de Manágua. Esse terremoto chegou a ter uma magnitude de 6,2 graus na escala Richter. Com uma duração de 30 segundos, destruiu a capital da Nicarágua e causou a morte de cerca de 19.320 pessoas, além dos mais de 20 mil feridos. Inclusive, a destruição foi comparada com as das cidades de Hiroshima e Nagasaki. Em 1975, o tufão Nina atingiu o leste da China com ventos de cerca de 250 km/h. Ele não deveria ter o impacto que teve. O problema é que o fenômeno destruiu a barragem de Banqiao na província de Henan. O que elevou o número de mortes para quase 230 mil pessoas. Em 1976, ocorreu uma explosão em uma fábrica de produtos químicos na cidade de Seveso, na Itália. E, com isso, lançou no ar uma espécie de nuvem composta de dioxina, um subproduto industrial gerado em certos processos químicos, como na produção de cloro e de inseticida, bem como na incineração de lixo. Essa nuvem permaneceu estacionada sobre a cidade e, até por isso, que esse desastre ficou conhecido como nuvem de dioxina. E ela teve impactos ambientais? Sim, com certeza. Os primeiros impactos foram observados nos animais que começaram a morrer gradativamente. Já os humanos passaram a apresentar feridas na pele, desfiguração, náuseas e visão turva, dentre outros sintomas. No ano de 1979, ocorreu um pesadelo nuclear. Um desastre que ocorreu quando o reator de uma usina nuclear da Pensilvânia passou por uma falha mecânica que estava aliada a um erro humano. Com isso, foram lançados gases radioativos em um raio de 16 quilômetros. O interessante é que, inicialmente, a população não foi informada sobre o acidente. Isso só ocorreu dois dias depois, quando, então, eles foram retirados do local. A parte positiva é que não houve mortes relacionadas ao acidente, e nenhum dos habitantes do local ou do entorno tiveram sua saúde afetada. Em 1984, tivemos o acidente em Bhopal que ocorreu devido a um vazamento em uma fábrica de agrotóxicos que despejou no ar da cidade de Bhopal, na Índia, mais de 40 toneladas de gases tóxicos. Após o acidente, a empresa abandonou o local e mais de 2 mil pessoas morreram pelo contato com as substâncias locais, além de outras que sofreram queimaduras nos olhos e nos pulmões. Em 1986, ocorreu a explosão de Chernobyl, o pior acidente nuclear da história. Devido à explosão de um dos quatro reatores de Chernobyl, na Ucrânia, foi liberado uma radiação dezenas de vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Imediatamente, 32 pessoas morreram e outras milhares perderam a vida nos anos seguintes. A nuvem nuclear atingiu a Europa e contaminou quilômetros de florestas. Em 1989, um navio petroleiro, Exxon Valdez, colidiu com rochas submersas na costa do Alasca e iniciou um derramamento sem precedentes. Cerca de 40 milhões de litros de petróleo foram derramados e, com isso, contaminou mais de 2 mil quilômetros de praias e causou a morte de 100 mil aves. Ainda falando em petróleo, em 1991, o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou a destruição de centenas de poços de petróleo no Kuwait. Com isso, foram lançados mais de milhões de litros de óleo no golfo pérsico e a fumaça da parte que foi queimada bloqueou a luz do sol. Pelo menos mil pessoas morreram de problemas respiratórios, além dos diversos animais que foram impactados. Em 1999, houve mais um acidente nuclear. Dessa vez, na usina nuclear de Tokaimura no nordeste de Tóquio. O acidente ocorreu em uma usina de processamento de urânio. Centenas de operários ficaram expostos à radiação. Além de náuseas, eles tiveram queimaduras no rosto, nas mãos e em outras partes do corpo. Em 2002, foi a vez de outro petroleiro, o navio grego Prestige que, ao naufragar na costa da Espanha, despejou mais de 10 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. Com isso, contaminou cerca de 700 praias e matou mais de 20 mil aves. Em 2004, ocorreu o sismo e tsunami na Indonésia. Um terremoto de magnitude 9 devastou grande parte da costa oeste de Sumatra na Indonésia. Além do terremoto, foi provocado um tsunami que, é considerado o terceiro maior maremoto já registrado, que atingiu cerca de 15 países da região, resultando na morte de mais de 230 mil pessoas. Em 2005, os americanos foram surpreendidos com o furacão Katrina. Um furacão de categoria 5 e foi responsável por destruir parte da região litorânea sul dos Estados Unidos. A velocidade dos ventos ultrapassou 280 km/h e resultou na morte de mais de 2 mil pessoas. Em 2010, tivemos o terremoto do Haiti. Para ser mais preciso, ele ocorreu no dia 12 de janeiro de 2010, em Porto Príncipe que é a capital do país. O terremoto de magnitude 7 levou à morte mais de 200 mil pessoas. Esse desastre ainda está na memória de muita gente. Agora que nós já vimos sobre todos esses desastres, vamos colocar aqui na tabela se eles foram provocados por fatores naturais ou por fatores antrópicos. As bombas de Hiroshima e Nagasaki foram antrópicos. A doença de Minamata também. Já o terremoto de Manágua foi natural, assim como, tufão Nina. A explosão na cidade de Seveso foi antrópico. O pesadelo nuclear também. Assim como, o acidente em Bhopal, a explosão de Chernobyl, o petroleiro Exxon Valdex, a queima dos poços de petróleo no Kuaite, o acidente nuclear de Tokaimura e o naufrágio do navio Prestige. Já o terremoto na Indonésia foi provocado por fatores naturais. Assim como, o furacão Katrina e o terremoto no Haiti. Então, é isso aí, meu amigo ou minha amiga. Eu espero que você tenha compreendido bem sobre os desastres ambientais que ocorreram no mundo, pelo menos, nos últimos 70 anos. Na próxima parte dessa aula, nós vamos conversar sobre os desastres ambientais que ocorreram no Brasil, pelo menos alguns dos mais impactantes. Então, eu quero deixar aqui para você um grande abraço e nos vemos na próxima parte.