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Política fiscal e monetária em paralelo

Em aulas anteriores, aprendemos como a política monetária expansionista e a política fiscal expansionista podem ser usadas para mitigar uma recessão, mas elas não precisam ser usadas isoladamente. Com frequência, as políticas fiscal e monetária são usadas de modo simultâneo. Neste vídeo, saiba o que acontece quando elas são usadas concomitantemente.

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Transcrição de vídeo

RKA4JL - Olá! Tudo bem com você? Em outros vídeos já conversamos sobre a política fiscal e também sobre a política monetária, mas nesta aula aqui vamos conversar sobre eles juntos. Afinal, em qualquer momento em um país, existe algum tipo de política fiscal em andamento e em paralelo também pode haver algum tipo de política monetária em andamento. Mas antes disso, vamos relembrar aqui o que é política fiscal. Nós observamos a política fiscal na prática quando o governo altera o valor dos impostos ou gastos do governo, ou seja, de forma geral podemos dizer que a política fiscal está relacionada aos impostos ou gastos do governo, gastos públicos, no caso. E por que isso importa? Bem, se você alterar o valor dos impostos, muda a quantidade de dinheiro que os indivíduos e/ou as corporações podem ter, o que pode alterar a demanda agregada. Da mesma forma, se o governo vai lá, gasta mais ou menos, isso também poderia alterar a demanda agregada. Isso também pode ser usado como uma ferramenta para tentar projetar qual é a produção da economia. Agora, a política monetária, por outro lado, tem a ver com os bancos centrais. Eu sei que talvez você esteja pensando o seguinte: "O banco central não faz parte do governo?" E eu diria para você: "Bem, depende de qual país você está falando e também depende de como você vê como parte do governo". Nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema da reserva federal, popularmente conhecido apenas como o "Fed", é quase independente. É verdade que o Executivo faz nomeações, incluindo o presidente do Fed, mas ele deve atuar de forma independente do governo federal. Mas enfim, a política monetária tem a ver com os bancos centrais alterando a oferta de dinheiro, que tem como objetivo em diversos momentos impactar ou direcionar a taxa de juros. Agora, por que isso importa em relação a como estamos na produção de pleno emprego, por assim dizer? Bem, com a taxa de juros mais baixa, o empréstimo fica mais barato. Com isso, as pessoas podem estar dispostas a pedir empréstimos e gastar mais ou as corporações podem estar dispostas a pedir empréstimos e investir mais. Por outro lado, se temos taxas de juros mais altas, isso vai para o outro lado da balança. De qualquer forma, isso tem impacto na demanda agregada. Bem, com isso fora do caminho, vamos olhar para dois cenários diferentes de uma economia. Aqui temos o primeiro cenário, que vamos chamar de cenário um. Pause o vídeo e pense sobre como essa economia aqui está operando em relação à produção de pleno emprego. E aí, pensou? Bem, você pode ver aqui que nosso nível de equilíbrio de saída, Y1, está abaixo da nossa produção de pleno emprego. Portanto, aqui temos um hiato de produto negativo. Do ponto de vista do governo federal, eles podem querer dizer "Ei, vamos fazer um pouco de expansão na política fiscal para alterar a curva de demanda agregada para direita?" O que é uma expansão na política fiscal? É quando temos uma redução nos impostos. Ao fazer isso podemos ter um deslocamento da demanda agregada para a direita. Assim as pessoas teriam mais dinheiro no bolso, corporações poderiam ter mais dinheiro para gastar, para investir. A outra opção é que o governo poderia apenas gastar mais, diretamente. Se gastar mais, isso também teria um impacto e poderia deslocar a demanda agregada para a direita. Mas em paralelo com a política fiscal, como seria a política monetária? Bem, uma política monetária expansionista ocorre quando temos um aumento na oferta de dinheiro. Um aumento na oferta de dinheiro teria como impacto a redução da taxa de juros, o que tornaria um empréstimo mais barato e assim as empresas poderiam investir mais e as pessoas poderiam pedir empréstimos e gastar mais. De qualquer maneira, ou especialmente se ambos estiverem acontecendo, teremos um deslocamento da demanda agregada para a direita. Então tanto a política fiscal quanto a monetária sendo expansionistas poderemos chegar a uma situação como essa aqui. Talvez a demanda agregada seja alterada o suficiente para chegar a um mundo como esse. Essa é a curva de demanda agregada dois. Repare que agora o nosso ponto de equilíbrio da produção subiu. Estamos com a produção de pleno emprego aqui, e o nosso nível de preço subiu. De um modo geral, uma política é expansionista se estamos falando sobre uma política fiscal expansionista ou uma política monetária expansionista. Com isso veremos o nível de preços subir. Agora vamos examinar o cenário dois aqui. Com o que estamos lidando nessa situação? Bem, como você pode imaginar, temos uma situação oposta. Temos um hiato do produto positivo. Nosso nível de equilíbrio de produção está acima de nossa produção de pleno emprego. Sendo assim temos uma situação em que o governo federal pode chegar e dizer "Ei, nossa economia corre o risco de superaquecimento". Normalmente não é isso que eles dizem, afinal eles tendem a gostar disso, porque é bom para ganhar a eleição. Mas se for um governo federal prudente, eles podem dizer "Talvez seja hora de pagar parte da dívida do governo", ou seja, ser um pouco mais responsável do ponto de vista fiscal. Com isso, o governo pode adotar uma política fiscal contracionista em que o governo pode aumentar os impostos ou diminuir os gastos do governo. Nenhuma dessas duas coisas tendem a ser populares. Em geral, uma política fiscal contracionista não é uma boa maneira de ganhar eleições, mas um governo prudente pode estar disposto a fazer isso, adotar qualquer uma das duas políticas contracionistas, pelos mesmos motivos que acabamos de falar, ou seja, essas políticas contracionistas podem deslocar a demanda agregada para a esquerda. Enfim, de qualquer forma vamos dizer que o banco central queira adotar uma política monetária contracionista, já que é a mais comum. Ao fazer isso, o banco central poderia dizer "Ei, quando estamos produzindo acima da nossa produção de pleno emprego, a inflação pode ficar fora de controle.” Diante disso, ele pode reduzir a oferta de dinheiro. Isso normalmente tem um impacto sobre a taxa de juros. Essa redução na oferta de dinheiro normalmente aumenta a taxa de juros, o que acaba deixando os empréstimos mais caros. Isso faria com que as pessoas pegassem menos empréstimos e gastassem menos, e as empresas pudessem investir menos. De qualquer forma, isso poderia deslocar a demanda agregada para a esquerda. Com isso teríamos essa demanda agregada agora. Essa é a demanda agregada dois. Nosso nível de equilíbrio de produção agora está na produção de pleno emprego e agora nosso nível de preços diminuiu. De um modo geral, uma política monetária contracionista, ou uma política fiscal contracionista, terá um impacto de, pelo menos, desacelerar a inflação. Eu vou parar por aqui, mas a grande lição que temos é que a política fiscal e a política monetária raramente agem isoladamente. Muitas vezes, quando temos um hiato de produto negativo, teremos políticas expansionistas em ambas as dimensões e quando tivermos um hiato de produto positivo, teremos políticas contracionistas em ambas as dimensões também. Agora, talvez, você tenha uma pergunta em sua mente: o que acontece se tivermos uma política fiscal e uma política monetária em sentidos opostos? Por exemplo, se tivermos uma política fiscal expansionista enquanto temos uma monetária contracionista? Bem, depende. Elas podem compensar uma à outra. Na verdade, às vezes o banco central pode ter uma política contracionista porque acredita que o governo federal está sendo muito expansionista. Enfim, são coisas interessantes para se pensar. Eu espero que você tenha gostado, quero deixar aqui para você um grande abraço e dizer que encontro você na próxima!