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Mercado de fundos emprestáveis

Como poupadores e mutuários se encontram? No mercado de fundos emprestáveis! Neste vídeo, saiba como a demanda e a oferta de fundos emprestáveis interagem para determinar as taxas reais de juros.

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Transcrição de vídeo

[RKA20C] Estamos acostumados a pensar em mercados para bens e serviços, demanda e oferta de bens e serviços. O que vamos fazer neste vídeo é ampliar nosso senso do que o mercado poderia ser pensando no mercado de fundos emprestáveis. Isso pode parecer um termo muito técnico, né? "Fundos emprestáveis". Mas, literalmente, significa apenas fundos que as pessoas fornecem para ser emprestados para outras pessoas e fundos que as pessoas querem pegar emprestado. Se gente pensar em um mercado, tem fornecedores e compradores, certo? No mercado de fundos emprestáveis, os fornecedores são os poupadores. Quando você, por exemplo, economiza algum dinheiro e o coloca em um banco, você já sabe que o banco vai emprestar uma parte desse dinheiro para outra pessoa, vai receber juros por esse empréstimo, vai ficar com uma parte do juros e vai remunerar você com a parte que lhe cabe desses juros. Você vai ter, no final das contas, o seu retorno. Nem sempre tem que ser através de um banco, claro. Existem outros tipos de instituição, outros intermediários que também prestam esse serviço. Mas, normalmente, essas transações acontecem via bancos. Muito bem, da mesma forma que você, que poupou o seu dinheiro, é o fornecedor nesse mercado de fundos emprestáveis, quem são os demandantes nesse mercado, de onde vem a demanda? Dos mutuários. De quem pega o dinheiro emprestado no banco. Pega emprestado para... sei lá, fazer um investimento, comprar algum bem. Mas esse não é um mercado em que fornecedores e demandantes, ou poupadores e mutuários, necessariamente interagem uns com os outros. De vez em quando, você até pode conseguir um empréstimo com sua cunhada ou, sei lá, com seus pais. Na maior parte das vezes, porém, os empréstimos passam por algum tipo de instituição financeira. Essa instituição, aliás, para quem o poupador empresta o dinheiro... Ele espera que, no final das contas, o dinheiro gere algum retorno para ele. A fim de fornecer algum retorno para esse poupador, o banco vai emprestá-lo para os mutuários, e vai cobrar juros sobre esses empréstimos. Para entender o funcionamento dessa dinâmica a partir do que já vimos ao longo de nossas aulas, vou configurar aqui dois eixos. Vamos lá! No eixo horizontal, vamos considerar a quantidade, tá? A quantidade de fundos emprestáveis. O eixo vertical, a gente normalmente usa para designar o preço, né? O preço de um bem ou de um serviço. Então, neste eixo vertical aqui, hoje vamos considerar a taxa de juros. Estamos falando do mercado de fundos emprestáveis, certo? Então, o preço aqui é a taxa de juros. No caso, a taxa de juros real. Muito bem, vamos pensar agora em cada um desses cenários. Vamos pensar sobre os poupadores, que são os fornecedores no mercado de fundos emprestáveis. Quando as taxas de juro real são mais baixas, não vale muito a pena eles fornecerem dinheiro ao mercado, né? Para quê? Vou depositar dinheiro no banco para ter um retorno "mixuruca"? Melhor gastar. Então, quando as taxas de juros reais são baixas, a quantidade também é baixa. Os poupadores, nesse caso, não têm muita motivação para se tornar fornecedores. Agora, se as taxas de juros reais forem altas, aí a coisa muda de figura, né? Opa! Agora até que está valendo a pena pôr o dinheiro no banco! O retorno pode ser bem interessante. Aí, os poupadores podem ficar mais propensos a economizar e a tornar seus fundos disponíveis para empréstimo a outras pessoas. Se a taxa de juros real for alta, o retorno esperado vai ser alto também. Então, teríamos esta curva de oferta aqui, poderíamos chamá-la de oferta de fundos emprestáveis. Muito bem, do lado dos demandantes, então, o que acontece? Se as taxas de juros reais são altas, as pessoas dizem: "Bom, veja bem, não há muitas oportunidades de negócios que justifiquem um empréstimo a essa taxa". Então, obviamente, não haveria muita demanda por quantidade de fundos emprestáveis. Agora, conforme as taxas de juros reais vão caindo, as oportunidades de negócio começam a justificar um empréstimo, né? Aí, a quantidade exigida de fundos emprestáveis vai se tornando maior. Portanto, esta é a nossa demanda por fundos emprestáveis. Como já vimos no passado, no cruzamento entre essas duas curvas, vamos encontrar o ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda. No caso, o equilíbrio entre a taxa de juros real, que fica aqui, "r", e a quantidade de fundos emprestáveis, aqui, "Q". Agora, vamos pensar no que aconteceria se uma ou ambas as curvas sofressem algum tipo de alteração. Vamos começar pensando em uma possível mudança na curva da demanda por fundos emprestáveis. Há algumas maneiras de mudar essa curva. De repente, por exemplo, as pessoas enxergam novas oportunidades de negócios. Sei lá, vai que a mineração em asteroides de repente virou um negócio viável e rentável, as pessoas começaram a pedir dinheiro emprestado para comprar robôs e enviá-los para o espaço para que eles minerem platina ou sei lá mais o quê em asteroides em volta da Terra, ou uma coisa louca qualquer que fizesse a demanda crescer... O que aconteceria? Para este vídeo e pense sobre isso. Em um caso como esse, qualquer que seja a taxa de juros real, haverá uma quantidade maior demandada. Nessa situação, então, nossa demanda para fundos emprestáveis mudaria para a direita, seria mais ou menos assim, olha. Assim, vou chamar esta nova curva de Dfe1. Eu poderia chamá-la de B'fe, mas vamos adotar esta nomenclatura aqui. Dfe1. Vê? A curva mudou para a direita por causa de novas oportunidades de negócios. Não precisava ser por causa da mineração feita por robôs em asteroides ao redor do planeta, poderia ser uma coisa mais normal, tipo o governo começar a fazer muito mais empréstimos. Lembre-se, este é o mercado agregado, certo? Então, quando o governo pede dinheiro emprestado para alimentar seus gastos, ele também tem que ir para o mercado de fundos emprestáveis. Aumentar o empréstimo do governo, portanto, é mais comum que mandar robôs para o espaço. Mas também mudaria a curva de demanda para a direita. Agora, e se acontecesse o contrário? E se as pessoas passassem a achar que havia menos oportunidades de negócio, ou se o governo começasse a emprestar menos? Bom, isso mudaria as coisas para a esquerda. Mas vamos pensar no que aconteceria neste cenário aqui. Se "r" é a taxa de juros de equilíbrio atual, nessa nova situação, vamos ter uma escassez de fundos emprestáveis, não vamos? Há fornecedores dispostos a fornecer uma quantidade, esta, e há mutuários querendo outra quantidade, esta, a esta taxa de juros real. Então, o que vai acontecer é que vamos chegar a um novo ponto de equilíbrio. A taxa de juros real vai subir até aqui, vamos chamar isso de "r1". E nossa quantidade vai subir também, aqui, "Q1". Para convencer mais fornecedores a disponibilizar seu dinheiro para empréstimos, a taxa de juros terá que subir. Aí, a gente chega a este cenário. Mas, da mesma forma, podemos ter mudanças no fornecimento de fundos emprestáveis. Digamos, por exemplo, que a taxa de poupança mudou por alguma razão. Há uma grande campanha de marketing do governo ou, sei lá, campanhas nas escolas que dizem "precisamos economizar mais", "pensem no futuro", "economizem para a aposentadoria", etc... coisas assim. Se todo mundo passar a economizar mais, qualquer que seja a taxa de juros real, o que vai acontecer com a oferta de fundos emprestáveis? Vai mudar para a direita, não vai? Claro! Se fosse o contrário, fica claro também: ela obviamente mudaria para a esquerda. Mas estamos falando de um aumento na oferta de fundos emprestáveis. Então, vamos criar uma nova curva de oferta aqui: Ofe1. Opa! Qual é o cenário agora? Estamos em uma situação em que há um excedente de fundos emprestáveis. A esta taxa de juros, algumas pessoas estão dispostas a fornecer muito mais fundos emprestáveis do que outras pessoas estão demandando. Então, o preço dos fundos emprestáveis, que é a taxa de juros real, vai cair, vai descer para este novo ponto de equilíbrio, "r2". O equilíbrio da nova quantidade de fundos emprestáveis vai ficar aqui: "Q2". Com tudo isso, o que vimos, então? Que nos mercados de fundos emprestáveis, o preço não é mais uma quantia de dólar, é uma taxa de juros. Como a gente quer estimar a inflação, é importante trabalhar com uma taxa de juros real, ok? Espero que você tenha gostado do que a gente viu hoje. A gente se encontra por aí! Até mais!