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Níveis ecológicos: de indivíduos a ecossistemas

Indivíduos, espécies, populações, comunidades e ecossistemas... Qual é a diferença?
Você já ouviu a expressão “você não sabe quem vai atuar se não receber o programa ” e achou ela verdadeira? Às vezes você precisa ter informações básicas, como a lista de jogadores, seus títulos ou funções, definições, explicações sobre as interações e regras para ser capaz de compreender um evento esportivo, uma peça teatral ou um jogo. O mesmo ocorre para a compreensão da diferenças importantes, mas sutis entre os vários componentes que compõe um ecossistema. Termos como indivíduo, população, espécie, comunidade e ecossistema todos representam diferentes níveis ecológicos e não são sinônimos intercambiáveis. Aqui está seu guia resumido ou programa para compreender esses atores ecológicos.
Você é um indivíduo, seu gato de estimação é um indivíduo, um alce no Canadá é um indivíduo, um coqueiro numa ilha no Oceano Índico é um indivíduo, uma baleia-cinzenta cruzando o Oceano Pacífico é um indivíduo e uma tênia vivendo no aparelho digestório de uma vaca é um indivíduo, bem como a própria vaca. Um indivíduo é um organismo e é também um tipo de organismo (por exemplo, humano, gato, alce, coqueiro, baleia-cinzenta, tênia ou vaca, em nosso exemplo). O tipo de organismo é denominado espécie. Há muitas definições diferentes para a palavra espécie, mas por enquanto vamos simplificar e considerá-la como um tipo de organismo único. Em inglês, note que a palavra “species” sempre termina com um “s”, mesmo se você estiver se referindo a apenas um tipo de organismo, uma espécie ("one species") é "species" e não existe "specie". Este é apenas um desses fatos gramaticais da vida. Em português o mesmo não ocorre.
A cada espécie estudada e descrita pelos cientistas foi dado um nome composto por duas partes, seu nome científico ou binomial, que a identifica de maneira exclusiva (por ex., humanos = Homo sapiens; gatos = Felis catus; alce = Alces alces; coqueiro = Cocos nucifera; baleia-cinzenta = Eschrichtius robustus; tênia bovina= Taenia saginata; e gado bovino = Bos taurus). O poder ou o valor do nome científico é tornar claro de que tipo de organismo você está falando. Como apenas um tipo de organismo no mundo inteiro tem esse nome exclusivo, a comunicação e a compreensão ficam muito mais claras do que se usarmos nomes comuns. Por exemplo, se você falar de esquilos usando apenas seu nome comum, pode ser que você esteja se referindo a um tipo de mamífero que vive debaixo da terra, ou a um tipo que vive em árvores, ou até mesmo a um tipo voador, dependendo da região onde você esteja.
Se você se referir ao esquilo Gopherus polyphemus, você estará falando sobre a tartaruga esquilo.
Então, o que é uma população? É um grupo de indivíduos que pertencem a mesma espécie. As populações tem bases geográficas; elas vivem em determinadas áreas . Mas o tamanho ou escala da área podem ser variáveis – podendo-se falar acerca da população humana de uma cidade, estado, país ou hemisfério. Ou podemos falar da população de palmeiras de uma ilha no Oceano Índico, ou sobre as ilhas que compõe a República de Seychelles ou de todas as ilhas do Oceano Índico. A pessoa estudando ou escrevendo sobre a população deve decidir qual escala usar, o que é mais apropriado para aquilo que ela quer estudar ou explicar. Uma das coisas excitantes sobre a ciência – é que há muita liberdade para definir o objetivo e a escala do projeto, mas também significa que é importante explicar claramente qual a escala que você está utilizand
As espécies são constituídas por populações. Quantas populações? Isto depende Depende de quão espalhada está a espécie e do tamanho da área geográfica em que ela está. Algumas espécies têm área de distribuição muito limitada, sendo restritas por exemplo, a uma única ilha ou ao topo de uma única montanha no mundo. Essa única população na ilha ou no topo da montanha constitui toda a espécie. Da perspectiva da conservação, tais populações são extremamente vulneráveis – Se alguma coisa acontecer para esta população, a espécie inteira será perdida; a espécie será extinta. Mas muitas espécies são mais amplamente dispersas. Há populações de alces, por exemplo, no Parque Nacional de Yellowstone, Maine, Minnesota, Alberta, Manitoba e em outros estados dos US e nas províncias Caribenhas. Se você quiser saber quantos alces há na Terra, você terá que saber os tamanhos de todas as diferentes populações em todos os diferentes locais.
Comunidades são constituídas por populações de diferentes espécies numa determinada área. Por que esse termo vago “numa determinada área?” Porque uma vez mais a escala é flexível, determinada pela pessoa que está estudando ou escrevendo sobre a comunidade. Podemos estar falando sobre a comunidade de todos os organismos que vivem no topo ou na copa da árvores de uma única árvore tropical ou de todas as árvores da floresta. O que é mais importante sobre o conceito de comunidade é que ele envolve populações múltiplas de todas as diferentes espécies numa determinada área e como estas espécies interagem umas com as outras. Cada população é composta de indivíduos de uma espécie particular e os indivíduos interagem uns com os outros; – com membros de sua própria espécie (e.g., lutando, tratando, acasalando, polinizando uns aos outros) e com indivíduos de outras espécies (p.e., caçando-os para alimentação, usando-os como local para construção de ninho, crescendo sobre eles). Ecólogos de comunidade estudam as populações de uma determinada área e suas interações. Há outro artigo neste tutorial, sobre diferentes tipos de interações ecológicas.
Isto nos leva ao nível do ecossistema. Qual a diferença entre comunidades e ecossistemas? Quando você fala sobre ecossistemas, você não está apenas falando sobre todas as diferentes populações e espécies numa dada área, mas também do ambiente físico, não vivo ou das condições abióticas (alerta de linguagem: o prefixo “a” significa“sem” e a raiz “bio” significa vida, assim, abiótico significa literalmente “sem vida” ou em outras palavras não vivo), e não apenas o que eles são, mas como eles impactam os organismos e em alguns casos como os organismos impactam o ambiente físico. Por exemplo, padrões de temperatura e pluviosidade influem onde diferentes plantas e animais vivem; algumas podem sobreviver às condições secas do deserto, outras precisam da alta pluviosidade das florestas tropicais. Mas as florestas por si mesmas também influem nos padrões de temperatura e chuva. Você já percebeu como num dia quente de verão fica mais fresco e úmido nas sombras da floresta, do que nas áreas abertas?  E os vermes mudam a estrutura e a composição dos solos com seus movimentos através dele.
Qual o tamanho de um ecossistema? Acho que – depende do tamanho que o cientista ou autor define. Pode ser pequeno como seu jardim ou o lago Walden, ou do tamanho do interior australiano inteiro.  Tamanhos e escalas diferentes serão apropriados para diferentes tipos de estudos, relatórios ou políticas. O cientista ou autor só precisa explicar qual tamanho é apropriado e porque.
O diagrama acima irá ajudá-lo a visualizar como os diferentes níveis ecológicos se relacionam uns aos outros. Os indivíduos compõe uma população; as populações compõe uma espécie; múltiplas espécies e suas interações compõe o ecossistema quando você inclui os fatores abiótico. Esta é a hierarquia da ecologia.

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